sábado, 30 de outubro de 2010

Eternidade e o mundo terreno

Alguns anos antes de sua morte Alexandre Magno fez 3 pedidos a seus generais, para que se cumprissem depois de sua morte. Estes são os pedidos:

1, Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2, Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados como prata , ouro, e pedras preciosas ;
3, Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:
1, Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2, Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3, Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.


Busquei de várias formas a fonte desta estória, para saber se era verdade ou de onde vinha esta citação, somente vi reprodução dela em centenas de lugares, mas sem confirmação histórica, se alguém souber contribua. É possível que ele tenha dito, devido a instrução recebida de Aristóteles durante toda sua adolescência e formação filosófica, que são coerentes com estes desejos.
No entanto, vamos refletir na essência da mensagem, que é verdadeira, mesmo que não tenha sido citada por Alexandre O grande da Macedônia. Talvez pelas atrocidades que ele cometeu seria melhor dizer que foi algum santo que disse isto, ou um pai de família que a vida inteira se esforçou para ser uma boa pessoa, sem sequer ter agredido um outro ser humano. 
Não retiro os méritos do Alexandre, mas talvez fosse melhor que tivesse sido dito pelo meu avô, que viveu como um colono italiano no interior do Paraná e dizia que não interessava se fosse gastar tudo o que tinha construído a vida inteira, para manter minha avó viva em sua doença degenerativa, nem que fosse por mais um dia, porque os valores não estão na fortuna deste mundo. A não ser a vida e o amor, que devem até em último caso ser conservados em detrimento de todo resto. 
Mesmo que a ciência se desenvolva que possa nos manter vivos com 100 ou 200 anos uma hora estaremos a beira da morte e nada nem ninguém poderá fazer algo para retirar esta passagem. Esta relação entre vida e morte, no preciso limiar estaremos cientes. A fração de segundos, onde o tempo não existirá mais, teremos que nos entregar ao mistério de Deus. Algo muito próximo ao que nos entregamos e a atitude quando nos convertemos a Boa Nova de Jesus Cristo, pois da mesma forma nos permitimos ao mistério da fé. No entanto, ao contrário da morte este é vida em abundância e a escolha é voluntária.

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