Cristãos Católicos e Ortodoxos
Institucionalmente foi a melhor imagem de 2010. A Igreja Católica desde o Concílio Vaticano II, 1965, se esforça em diminuir as diferenças e olhar principalmente para o que une os cristãos de todas as denominações.
A mensagem ecumênica do Papa Bento XVI,
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo,
"A vós graça e paz em abundância" (1 Pd 1,2). É com grande alegria que saúdo a vós que representais as comunidades cristãs presentes em Chipre.
Agradeço a Sua Beatitude Chrysostomos II pelas gentis palavras de boas-vindas, Sua Eminência Giorgio, Metropolitano de Pafos, que nos recebe, e todos aqueles empenhados em tornar possível este encontro. Apraz-me, ainda, saudar cordialmente os cristãos de outras confissões aqui presentes, incluindo os membros das comunidades armênia, luterana e anglicana.
Na verdade, é uma graça extraordinária para nós estarmos reunidos em oração nesta igreja de Agia Kiriaki Chrysopolitissa. Acabamos de ouvir a leitura dos Atos dos Apóstolos, que nos lembra como Chipre foi a primeira etapa das viagens missionárias do Apóstolo Paulo (cf. At 13,1-4). Resguardados pelo Espírito Santo, Paulo, juntamente a Barnabé, originário de Chipre, e Marcos, o futuro evangelista, aportaram primeiramente em Salamina, onde passaram a proclamar a palavra de Deus nas sinagogas. Atravessando a ilha, chegaram a Paphos, onde, bem próximo a este lugar, pregaram na presença do procônsul romano Serio Paolo. Foi então que, a partir deste local, a mensagem do Evangelho começou a se difundir para todo o império e a Igreja, fundamentada na pregação apostólica, pôde plantar raízes em todo o mundo até então conhecido.
A Igreja de Chipre pode, com justiça, ter orgulho de sua ligação direta com a pregação de Paulo, Barnabé e Marcos, e da comunhão na fé apostólica, que a liga a todas as Igrejas que custodiam a mesma regra de fé. Esta é a comunhão, real, ainda que imperfeita, que neste momento nos une, e que nos impele a superar nossas divisões e a lutar para restabelecer aquela plena união visível, que é desejada pelo Senhor e por todos os seus seguidores. Pois, nas palavras de Paulo, há "um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4,4-5).
A comunhão eclesial na fé apostólica é tanto um dom como um apelo à missão. Na passagem dos Atos que ouvimos, vemos uma imagem da unidade da Igreja na oração, na abertura aos convites do Espírito à missão. Como Paulo e Barnabé, cada cristão, mediante o batismo, é "reservado" para portar o testemunho profético do Senhor ressuscitado e seu Evangelho de reconciliação, de misericórdia e de paz. Em tal contexto, a Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que se reunirá em Roma em outubro próximo, refletirá sobre o papel vital dos cristãos na região, encorajará seu testemunho do Evangelho e os ajudará a promover um maior diálogo e cooperação entre todos os cristãos da região. Significativamente, os trabalhos do Sínodo serão enriquecidos pela presença de delegados fraternos de outras Igrejas e Comunidades cristãs da área, como sinal de comprometimento com o serviço à palavra de Deus e de nossa abertura ao poder de sua Graça que reconcilia.
A unidade de todos os discípulos de Cristo é um dom a se implorar ao Pai, na esperança que este reforce o testemunho do Evangelho no mundo de hoje. O Senhor rogou pela santidade e unidade de seus discípulos justamente para que o mundo creia (Jo 17,21).
restante do discurso e fonte: http://www.zenit.org/article-25105?l=portuguese
Nenhum comentário:
Postar um comentário